High Guardian Spice tá ai, vê quem quer

Marcelo Hagemann Dos Santos
14 min readNov 10, 2021

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Nesse último dia 26 (outubro de 2021), a Crunchyroll disponibilizou para todos os usuários da plataforma uma das suas primeiras animações originais, High Guardian Spice, após dois anos do indicado pelo anuncio oficial do serviço de streaming, de 22 de agosto 2018, que sugeria um lançamento ainda no ano de 2019.

Para surpresa de ninguém, o show rapidamente recebeu uma das piores avaliações dentro da própria plataforma, além de diversas resenhas negativas logo nos primeiros dias após o lançamento da série que, provavelmente já prevendo a reação negativa, foi lançada pela Crunchyroll por inteiro, todos os 12 episódios juntos, alá Netflix. Além de, claro, receber diversos comentários negativos na própria seção de cada episódio.

Perto da sua estreia, o show chegou a receber uma avaliação média de 1.3, muito próximo da nota mínima, mas com o passar dos dias a série foi recebendo avaliações positivas.

Mas High Guardian Spice realmente mereceu a repercussão negativa que recebeu desde o seu anuncio? Ou o toda essa reação é exagerada e motivada por outras questões que não relacionadas necessariamente à série em si?

A resposta mais fácil, e talvez a mais preguiçosa, a essa questão é a de que sim, High Guardian Spice não é exatamente a fonte de ressentimento e frustração que as pessoas têm, mas onde elas estão descontado esses sentimentos, e que na verdade o problema está no fato da comunidade de anime (principalmente a gringa) estar insatisfeita com o serviço que a Crunchyroll presta e o quão pouco ela tem feito para melhorar o seu serviço nos últimos anos. Algo que já fora tema não de um mas de dois textos meus aqui no Medium.

Ainda que aja um pouco de verdade nessa explicação, ela por si só não nos diz o motivo de High Guardian Spice ter se tornado o alvo dessas críticas, e não a própria plataforma. Pois, se não há nada de errado com o show não há motivos para criticar ele em vez de a plataforma… né?

E é isso mesmo. A série não virou alvo de críticas por mero acaso. Além de ter recebido um trailer que muito pouco diz a respeito da própria série, focado mais em apresentar a equipe por trás do show, enfatizando uma diversidade de forma abstrata, o pouco que foi apresentando nesse primeiro momento não chegou nem perto de ser algo pelo qual a base de usuários da Crunchyroll estava interessada em ver.

A principal crítica que a série recebeu nesse momento inicial, e que se mantém até hoje, é a de que ela não tem nem um pouco “cara de anime”, e que por isso não faz sentido que ela tenha sido produzida pela Crunchyroll, já que a plataforma se vende como uma (e a maior) distribuidora de animes no ocidente, o que significa que ela deveria direcionar os seus esforços para trazer o maior número de animes possíveis para nós em vez de financiar produções tipicamente americanas/ocidentais. Além de ter o dever de utilizar os seus recursos financeiros para pagar bem os seus funcionários, principalmente os tradutores das séries.

Por outro lado, ao mesmo tempo em que a série é comparada com animações ocidentais como Steven Universe e outros desenhos da Cartoon Network não há como negar o fato de que há outros títulos no catálogo da Crunchyroll que não são exatamente anime, e que nem por isso levantam tanta controvérsia. Por exemplo, RWBY, que é produzido pela Rooster Teeth, e Onyx Equinox, outra produção original da Crunchyroll, que nem de longe chegou a chamar tanta atenção como High Guardian Spice, pelo contrário, a pouca reação que o show levantou acabou sendo positiva.

Isso sem contar as animações de origem chinesas (também chamadas de Donghua) como Ling Qi (Spiritpact), Hitori No Shita (The Outcast) e Enmusubi no Youko-chan (Também conhecido como Fox Spirit Matchmaker e que recentemente sumiu da plataforma), e das adaptações de manhwa e webtoons (como geralmente se chama as histórias em quadrinho de origem Coreana) como Tower of God, The God of High School e Noblesse, que também são produções originais da Crunchyroll. Mas é claro, aqui a comunidade não critica a Crunchyroll por trazer, ou mesmo fazer, essas animações para o ocidente, pois ver essas adaptações são desejos já de longa data do meio Otaku, que faz grande interseção com o público dessas animações, e de suas obras originais.

Mas voltando ao tópico. Onyx Equinox não foi anunciado da mesma forma que High Guardian Spice, não recebeu um trailer focado em sua produção e quem viu o anúncio sabia do que o show se tratava. Aliado a isso, o próprio traço de Onyx ajudou na recepção positiva, já que ele é mais parecido com algo como Avatar, que é visto, junto do já citado RWBY, como um anime ocidental, por assim dizer, fazendo com que faça mais sentido ele estar no catálogo da Crunchyroll, facilitando a aceitação dele pela comunidade.

E essa primeira impressão negativa que High Guardian Spice teve foi crucial para que o show recebesse essa avaliação tão ruim em seus primeiros dias de exibição, já que, e se você leu o meu texto sobre como Hype influencia os nossos gostos deve entender bem o motivo, muitas das pessoas que assistiram a série inicialmente já estavam pré-dispostas a não gostar dela, e inconscientemente procuraram motivos para reforçar essa pré-disposição.

E para piorar tudo isso, High Guardian Spice dá uma série de motivos para alguém não gostar dela. Desde a qualidade da animação que é inconsistente do começo ao fim, a falta de carisma e de personalidade das protagonistas, o quão fraca é a construção de mundo, a estranheza e completa aleatoriedade dos diálogos, a falta de timing para certas piadas, a superficialidade de alguns pontos da trama, um primeiro episódio fraco que apresenta muito pouco da trama e de seus personagens, e a própria mixagem do áudio tem os seus problemas (como o balanço dentre a música e o diálogo, e o áudio de alguns personagens ser um pouco baixo ou abafado). São problemas recorrentes que impactam bastante a primeira metade do show, e que acabam se ausentando na segunda metade mas… a esse ponto, há de se esperar que a maior parte dos telespectadores já tenha desistido da série.

Dito isso, mesmo com tanta negatividade ao redor da série, ainda há quem se permitiu gostar do título que, apesar de tudo, possui sim suas qualidades e pontos positivos, ainda que, mesmo nesses aspectos, há sempre espaço para melhora. Apesar do tom pouco inspirado da obra, a série ainda é uma aventura leve, fofa, com aspectos de slice-of-life, apresenta alguns dramas que ficam mais interessantes com o passar do tempo, e há até algumas cenas de luta que são bem coreografadas e têm uma animação acima da média (mas que infelizmente são seguidas por cenas nem um pouco bem produzidas, pra dizer o mínimo). E mesmo os diálogos, que são fontes justa de crítica à série, podem ser percebidos como momentos divertidos e descontraídos para um telespectador bem receptivo ao tipo de humor que os roteiristas pretendiam construir, baseando-se na aleatoriedade e falta de sentido de algumas falas dos personagens.

Gif da Rosemary exibindo seus cabelos saltitantes e como o design dos personagens pode fazê-los fofos. — gif feito pelo próprio criador e postado originalmente no seu twitter.

Sem esquecer os temas queers que permeiam de forma nem um pouco tímida a série. O que alguns dizem ser fonte da reação negativa ao título, o que pode ser bem verdade, mas também seria hipócrita por parte dos fãs de anime, que aceitam sem grandes problemas animes com Given e Kobayashi-san Chi no Maid Dragon, que abordam direta e indiretamente temas LGBT.

Mas ainda pode se argumentar que o que não é tão bem apreciado em relação a High Guardian Spice é o tom político da abordagem desses temas relacionados a diversidade e pautas progressistas, e não a presença de minorias através de personagens ou mesmo o desenvolvimento desses pelas pela trama. Contudo, esse tom político é algo muito mais presente no trailer de anúncio da série do que nela mesma.

E mesmo se fosse esse o caso, as pessoas precisam entender que qualquer forma de arte tem o direito de abordar questões sociais, de qualquer natureza, e que a presença delas não deve ser considerada motivo para negar e rejeitar uma obra, como já vimos no Brasil exposições de artes sendo atacadas por grupo religiosos/conservadores por abordagem questões de gênero e sexualidade.

E nesse aspecto, High Guardian Spice é bem intencionado, visto que boa parte da representação LGBT está bem inserida na série, sendo tratada com naturalidade (especialmente o casal de lésbicas que acolhe as protagonistas), mas ele dá alguns tropeços no meio do caminho.

O primeiro deles está relacionado ao drama de Parsley com sua família, e a reação dos seus pais ao seu desejo de se tornar uma guardiã. A princípio, seus pais não são contrários a ida da jovem anã à academia, não a impedem de frequentar as aulas. Parsley, por sempre ter tido acesso a forja de seu pai, demonstra ter habilidade com a forja e rapidamente tem os seus talentos reconhecidos pelo professor responsável pelas aulas de ferramentaria, que a transfere para uma turma mais avançada.

Mais para frente, no episódio 4, é revelado que Parsley é a filha mais velha do casal de anãos, que tem ao menos outros 13 filhos (todos do sexo masculino), e que acabam de ter sua segunda filha. Por conta do recente aumento da família, os pais de Parsley a pressionam a largar a academia e voltar para casa para ajudar a mãe a cuidar das crianças (que são verdadeiras pestes e parecem não ter senso algum de perigo), o que obviamente deixa Parsley furiosa, pois ela cuidara de seus irmãos da vida inteira, e quando finalmente encontrou o próprio caminho o viu ser desvalorizado pelos pais, desacreditado por eles, como se o seu interesse pela carreira de ferreira fosse apenas uma aventura passageira, e curta.

A questão acaba de maneira rápida, após um dos seus irmãos se meter em perigo, subindo onde não deveria, é salvo pela irmã junto de Thyme, a elfa arqueira e colega de quarto de Parsley. Com isso os pais acabam aceitando a decisão de Parsley em seguir a carreira de guardiã e a deixam perseguir os seus sonhos, na condição que ela volte para casa de vez em quando para ajudar na loja da família.

Há dois problemas nessa história, o primeiro deles está no fato de que não há realmente uma solução para questão da família da Parsley, e que o ponto principal desse desentendimento é apenas jogado para escanteio e ignorado pela trama. Apesar dos pais aceitarem a escolha da filha, ainda permanece a problemática de que os filhos (homens) do casal não possuem nenhum senso de responsabilidade e não contribuem em nada com a manutenção da casa, com as tarefas domésticas, não ajudam uns aos outros a cuidarem de si, deixando todo esse trabalho para a mãe (ou na melhor das hipóteses para ambos os pais), e nem se quer parecem participar dos negócios da família (a forja), algo que nos leva ao segundo ponto.

É óbvio que a intenção dessa parte da série é criticar a desigualdade na partilha das atividades domésticas entre homens e mulheres, entre meninos e meninas (algo que fica mais que evidente pelo fato da Parsley descontar suas frustrações na mais nova irmã). E até ai tudo bem, há um pondo a ser feito aqui. Mas a questão é que esse não é um problema que existe, não dessa forma, em famílias muito grandes, na vida real, pelo simples fato de não ser possível uma mãe sozinha cuidar da casa ao mesmo tempo que faz a comida e lava a louça e as roupas de todo mundo, uma família desse tamanho não tem o luxo de dividir as tarefas de acordo com o gênero de cada um, todo mundo tem que contribuir com a sua parte, e o show simplesmente não trabalha essa questão, ele só a ignora.

Essa seria a oportunidade perfeita para reforçar o vinculo de Parsley com sua família, principalmente com os seus irmãos, dar personalidade a ela e criar empatia pela personagem, mas em vez disso os irmãos de Parsley nunca são individualizados, nunca demonstram apoiar a irmã mais velha em seus sonhos, ou mesmo admiração por ela. E o fato acaba se tornando apenas mais uma característica a ser colocada na ficha de personagem dela, sem ter real importância, servindo apenas se fazer uma ou outra piada de vez em quando.

Outro ponto interessante a ser analisado é o modo como a série trata a transexualidade de um de seus personagens, o professor Caraway. Ela é revelada, no episódio 3, de maneira bem seca, direta, num diálogo muito curto e corrido que acaba infantilizando a condição do personagem ao simplificar a transição de sexo com o simples uso de “Nova magia” e uma poção por mês para manter o feitiço ativo, como se o processo de descobrir-se transexual e de transição fosse assim tão simples.

Mas o pior problema dessa cena, que em minha opinião não é tão ruim quanto dizem, é a falta de empatia da protagonista, Rosemary, na cena. Ela a princípio se mostra confusa, tanto pela antiga aparência do professor como por não conhecer a palavra “transexual”, e depois se mostra surpresa por ser possível esse tipo de transformação permanente com o uso de magia, mas em momento algum parece olhar para o indivíduo que está em sua frente.

É até entendível que Rosemary se mostre mais preocupada com a sua mãe, afinal, ela está desaparecia há anos, e o desejo de reencontrá-la é a razão (além de seguir os passos de sua mãe) para a protagonista querer se tornar uma guardiã, mas me é muito estranho que um show com um diretor e produtor transexual, Raye Rodriguez, que não coincidentemente é o dublador do professor Caraway, não trate a cena com devido amor e carinho.

Não é difícil encontrar tentativas de ““consertar”” a cena na internet, principalmente no YouTube, algumas delas bem esdruxulas e claramente transfóbicas, mas a ilustradora e animadora freelancer Jamie de Jonge fez uma sugestão que resolve tanto a questão da falta de empatia e da simplificação do processo de transição de sexo:

Óbvio que há outras formas de melhorar a cena, por exemplo, a própria Rosemary poderia notar, ao ver as fotos seguintes do álbum, que o professor Caraway é a pessoa da foto e que ele passou por um longo processo de transformação, para então questioná-lo o motivo e como essa transformação foi feita, tornando Rose mais proativa e interessada na conversa.

Enfim. A transexualidade do professor também é relevante para trama no episódio 11 quando ele confronta um dos seus alunos, Snapdragon, por ter agredido outro aluno (Cal) ao ponto de quebrar o próprio pulso, questionando a motivação por trás daquela ação.

Para entender o caso, é preciso lembrar do episódio de número 8 em que Snapdragon se veste como sereia para festa de halloween (ou festival de outuno), por ideia de sua melhor amiga, Amaryllis. Cal o confunde com uma garota e, seguindo o roleplay de sua fantasia de noivo, o pede em casamento. Ao reconhecer Snapdragon pela voz, Cal reage na maneira que se espera de um homofóbico e acaba insultando Snap que guarda o rancor do corrido desde então, mas insiste de guardar a mágoa para si em vez de se abrir com Amaryllis (que percebe ter algo incomodando ele, o que resulta nos dois brigando por ele não querer se abrir para ela).

Snapdragon vestido de sereia, ao lado de Amaryllis de pirata.

De volta para o episódio 11, Cal e Snapdragon são escolhidos, junto das quatro protagonistas, para lidar com um pedido de ajuda de um grupo de sereias que se vê ameaçado por um dragão marinho antes amigável.

Os dois rapazes são colocados no mesmo bote a caminho do lar das sereias e nesse meio tempo Cal remoe o acontecido na festa de halloween e chama Snap de menina, o que engatilha uma memória de infância (mostrada mais para frente) que por sua vez revela a relação tóxica que Snap tem com sua família, em particular o seu pai, em uma cena que, apesar de batida, retrata bem como funciona a masculinidade tóxica, com o encorajamento de ações agressivas (principalmente como forma de resolução de conflito e modo de impor-se) e a rejeição completa de atributos não masculinos em rapazes.

E novamente, Snapdragon se recusa a explicar a situação para o professor Caraway, e acaba dizendo que ele não o entenderia pois não há ninguém questionando a masculinidade do professor. O que nós, como telespectadores, sabemos que não é verdade. E nesse momento, ainda que fora de cena, Caraway explica sobre a sua magia de transição e sua condição como transexual para o rapaz.

A primeira instância eu fiquei com pé atrás nesse momento, pois imaginei que o show cairia novamente no mesmo erro e apresentaria essa magia como uma solução fácil para a situação do Snapdragon. Mas há um detalhe, uma fala simples, que torna a resposta do professor perfeita para aquela situação, tanto como esse diálogo em uma situação real, mas hipotética, como na perspectiva da própria narrativa, que é quando, após falar de si mesmo para o aluno, Caraway encerra com uma fala mais ou menos assim:

Há vários caminhos para se tornar o seu verdadeiro eu, essa foi o meu, não estou dizendo que é seu, mas há sempre mais opções do que você imagina.

E essa sim é uma excelente forma de lidar com o assunto, porque não há aqui um diagnóstico preciso, único e inquestionável sobre a identidade de Snapdragon. Ele pode muito bem ser uma garota trans e essa acaba sendo a interpretação mais intuitiva das falas do próprio personagem, mas não é a única, capaz que ela ainda seja um garoto, mais que não se adequa, não se interessa, não se sente confortável, aos ideias tipicamente masculinos. E essa indefinição, esse não saber, de não ter uma certeza firme na resposta, é o que dá espaço para que o personagem continue a se desenvolver, continue a se descobrir e explorar esses sentimentos confusos e ambíguos que alguém que se descobre trans muito provavelmente tem.

Isso sim é representatividade feita da maneira correta, não apenas a presença de personagens que representam minorias em uma obra, mas na relevância desses personagens para a narrativa, no andamento da trama, e a valorização da voz desses personagens e daqueles que eles representam. E nesse aspecto não vejo motivos para criticar o show.

E para concluir, não estou dizendo aqui que o show é perfeito do jeito que é, que é uma obra maravilhosa que todos deveriam assistir, ou que a forma como ela aborda a diversidade e temas de inclusão social é livre de quaisquer problemas e compensa os outros defeitos da série. Não, longe disso (vide o título). High Guardian Spice é uma animação repleta de problemas, de inconsistências, que fraqueja em seu roteiro, no desenvolvimento de seus personagens, que por vezes parece não saber qual é o público que quer agradar, nem como expor de maneira apropriada os elementos da sua trama. Mas que possui os seus momentos, um grande potencial ainda não explorado, e que acaba tendo o seu próprio charme, ainda que por muitas vezes pelos motivos errados.

Ainda que eu não veja a Cartoon Network, a Nickelodeon, a Disney ou qualquer outro canal de cartoon promovendo um show tão abertamente LGBT friendly como High Guardian Spice, é bem provável que se não fosse uma produção da Crunchyroll a série não teria causado a repercussão negativa que vemos hoje, e quem sabe não tivesse o seu próprio grupo de fãs, como She-Ra, Star vs. the Forces of Evil e o próprio Steven Universe. E digo isso mesmo não sendo contra que a Crunchyroll invista em animação ocidental, mas se ela quiser fazer isso (e vale também para uma [im]possível segunda temporada para High Guardian Spice) terá que fazer um melhor trabalho na produção, marketing e roteirização dessas animações, além de investir em ideias que ressoem com o seu público, como já faz com os seus animes originais, como Kaizoku Oujo (Fena: Pirate Princess) e Tonikaku Kawaii (TONIKAWA: Over the Moon for You).

Mas definitivamente é uma pena que a discussão ao redor do show seja muito mais sobre a treta que ele causou e não os seus próprios méritos e deméritos.

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Marcelo Hagemann Dos Santos
Marcelo Hagemann Dos Santos

Written by Marcelo Hagemann Dos Santos

Rapaz de humor duvidoso que entrou essa de escrever sobre animes recentemente. Ex-aluno de filosofia e graduado em Letras, mas sempre estudando.

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